A profilaxia pré-exposição na prevenção do HIV: um estudo de scoping review

Introdução: O início da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) como estratégia difundida de prevenção foi em julho de 2012, após a aprovação pelo Food and Drug Administration (FDA). Trata-se da utilização de um único comprimido por dia, composto de dois medicamentos: emtricitabina/tenofovir (FTC/TDF). A adoção da PrEP pautou-se nos resultados de estudos realizados no mundo todo, em populações submetidas a um risco aumentado de infecção pelo HIV. Objetivo: Identificar a PrEP ao HIV na prevenção do HIV nas populações-chave e nos contextos de vulnerabilidade. Métodos: As bases usadas foram: Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud (IBECS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), incluindo National Library of Medicine (PubMed), Scopus, Web of Science e Google Acadêmico. Segue o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews e o Joanna Briggs Institute. Incluíram-se pesquisas originais, contendo gays, homens que fazem sexo com homens, pessoas transgênero, trabalhadores do sexo e casais sorodiferentes. Resultados: Surgiram 28 artigos, dos quais 11 incluíram homens que fazem sexo com homens; seis apresentaram trabalhadoras do sexo; três, mulheres trans; e dois, casais sorodiferentes. Analisaram-se o conhecimento, a aceitabilidade, as barreiras, as percepções e os contextos de vulnerabilidade. Conclusão: O acesso à profilaxia foi evidenciado, porém há barreiras individuais, sociais e programáticas, destacando-se o desconhecimento, a dificuldade de acesso e os contextos de vulnerabilidade. Há o uso da PrEP em populações-chave, embora existam diferentes obstáculos.