Resíduos da indústria de algodão: estratégias eco-responsáveis para geração de bioenergia

Com base em estimativas atuais, a produção global de fibra de algodão é de aproximadamente 25 milhões de toneladas, gerando cerca de 50 milhões de toneladas de resíduos de biomassa. Diversas estratégias estão sendo exploradas para aproveitar esses resíduos, como compostagem, gaseificação, pirólise, fermentação (etanol), digestão anaeróbica e incineração direta. No entanto, os resíduos sólidos resultantes do processo de descaroçamento do algodão não podem ser diretamente utilizados nas fazendas devido a preocupações sanitárias. A compostagem, seja na própria fazenda ou em instalações de beneficiamento, tem sido considerada como uma opção viável para desinfetar patógenos e degradar pesticidas. No entanto, enfrenta desafios relacionados à demanda limitada no mercado e preocupações com doenças. Por outro lado, os resíduos de algodão desempenham um papel importante na redução da perda de carbono do solo, na manutenção do teor de carbono orgânico e na proteção da superfície do solo. A conversão desses resíduos em energia por meio de processos como gaseificação, pirólise e digestão anaeróbica permite uma redução da área necessária para o processamento, e a energia gerada pode compensar os altos custos de capital associados a esses métodos. O objetivo principal deste estudo é analisar o tamanho da indústria do algodão e seus subprodutos relacionados. Foram avaliados os pontos fortes, as fraquezas, as oportunidades e as ameaças das diferentes opções de aproveitamento dos resíduos de algodão durante o processo de beneficiamento. As considerações técnicas, ambientais e econômicas de cada opção de gerenciamento de resíduos forneceram as bases para as conclusões e recomendações deste estudo. Palavras-chave: descaroçamento do algodão; agricultura sustentável; aproveitamento de resíduos; resíduos de algodão.