Dislexia: um relato de experiência de educação e saúde nas intervenções com a perspectiva inclusiva

Este estudo foi realizado em uma escola da rede pública estadual localizada no Centro da cidade de Manaus, no Estado do Amazonas. Tendo como objetivo a identificação das características da dislexia nas crianças do 3° ano com queixa de dificuldade de aprendizagem em parceria com o Laboratório de Dificuldades Específicas da Aprendizagem do NEPPD/FACED/UFAM em atividades de extensão Universitária. Foram aplicadas atividades pedagógicas a nível individual e coletivo, tendo a dialética materialista histórico como método de análise, como garantia da cientificidade e da objetividade. Na perspectiva materialista histórico, o método está vinculado a concepção da realidade, do mundo e de vida no seu conjunto. A questão da postura das crianças e dos discentes de pedagogia da FACED/UFAM, antecede o método. Este constitui-se numa mediação no processo de aprender, revelar e expor, o desenvolvimento e transformação dos fenômenos sociais. As experiências vivenciadas nos deram subsídios para o estudo do fenômeno educativo no contexto do desenvolvimento, aprendizagem, dislexia permitindo-nos elucidar suas relações com a sociedade e ajudando-nos a compreender a dinâmica e as contradições da prática profissional do educador. O estudo como um todo se realiza com base de um conjunto articulados de atividades pedagógicas individuais e coletivas para cada aspecto da discussão das queixas das dificuldades escolares relacionadas com as características referente a dislexia. Dessas vivências orientadas para a totalidade pretendidas resultou este estudo como produto final que pretendeu (pretendeu-se) equilibrar o necessário rigor acadêmico com o desejável acesso de todos os interessados à discussão da dislexia no contexto da educação e da saúde. A experiência relatada neste artigo aponta para uma radical mudança frente aos alunos com características de dislexia. Nesse sentido, os limites, caso existam, não podem mais ser usados como “álibi”, como justificativa da estagnação da educação empobrecida, da discriminação ou exclusão.