Determinantes socioeconômicos e de gestão das internações por doenças do aparelho circulatório nas Unidades Federativas do Brasil

O objetivo do artigo foi analisar os determinantes socioeconômicos e de gestão das internações hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) por doenças do aparelho circulatório nas Unidades Federativas do Brasil, entre 2010 e 2015. Para tanto, aplicou-se o modelo econométrico de Dados em Painel. Os Resultados: das estimativas foram estatisticamente significativos e com sinais esperados, sendo que o fator econômico PIB real (proxy da renda) e a variável de gestão equipes da Estratégia Saúde da Família demonstraram efeitos negativos sobre estas internações. Já os determinantes número de idosos (proxy para o envelhecimento), médicos especialistas e leitos em Unidades de Terapia Intensiva Adulto impactaram de forma positiva a variável dependente. Conclui-se que quanto mais desenvolvida for a Unidade de Federação em termos de renda, mais baixos são os registros de internações por este tipo de enfermidade no SUS. A implementação de políticas regionais mais efetivas de prevenção e diagnóstico para doenças crônicas são importantes para que ocorra uma redução da carga econômica destas enfermidades no sistema público. Além disso, a maior disseminação dos profissionais da saúde e dos recursos pode contribuir para o melhor desenvolvimento social das áreas analisadas.