Desfechos obstétricos e neonatais em uma coorte de gestantes vivendo com HIV em uso de terapia antirretroviral combinada preconcepção

W.M. Silva, Jorge Fonte de Rezende Filho,Maria Isabel Fragoso da Silveira Gouvêa,Maria de Lourdes Benamor Teixeira, Carolina Carvalho Mocarzel, Patrícia Amorim da Silva, Camile Medeiros Braga, Miriam Constan Werneck Sant'anna

Jornal Brasileiro de Ginecologia(2023)

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摘要
Introdução: Apesar de todos os avanços, a epidemia de HIV/aids continua sendo um grande problema de saúde pública em todo o mundo. A terapia antirretroviral combinada (cTARV) e a subsequente supressão da carga viral durante a gestação são medidas cruciais para a prevenção da transmissão vertical do HIV. Tanto a infecção pelo HIV quanto a cTARV podem estar associadas a desfechos obstétricos e neonatais desfavoráveis. Objetivos: Avaliar os desfechos obstétricos e neonatais em uma coorte de gestantes vivendo com HIV (GVHIV) que iniciaram a cTARV antes da concepção. Métodos: Este é um estudo observacional retrospectivo que analisou dados sociodemográficos, clínicos e obstétricos de uma coorte de GVHIV acompanhadas em um Centro de Referência para Prevenção da Transmissão Materno-Fetal do HIV. A associação entre as variáveis investigadas foi determinada por meio de modelos de regressão logística. O intervalo de confiança de 95% (IC95%) e o nível de significância estatística de 0,05 foram considerados para o estudo. Resultados: De 2015 a 2018, dentre as 1043 GVHIV da coorte, 367 pacientes preencheram os critérios de inclusão. A mediana de idade foi de 30 anos. A frequência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) associada à gestação foi de 7,4% (sendo 6% de pré-eclâmpsia [PE]) e a de diabetes mellitus (DM) foi de 2,7%. A proporção de cesarianas foi de 61,6%, sendo que 31,3% delas foram realizadas para prevenção da transmissão materno-infantil do HIV. A frequência de complicações no puerpério foi de 2,9%, com o registro de 2 óbitos maternos. Não houve nenhum caso de natimortalidade na população do estudo. A frequência de prematuridade, baixo peso ao nascer e pequeno para a idade gestacional foi de 10,1, 13,4 e 14,2%, respectivamente. A frequência de malformações congênitas na coorte foi de 5,5%. Não houve relato de transmissão materno-fetal do HIV no estudo. O diagnóstico de DM foi associado a uma maior chance de ocorrência de HAS na gestação (OR 6,72; IC95% 1,72–26,32), enquanto a carga viral detectável no início da coorte foi associada a uma menor chance de hipertensão (OR 0,37; IC95% 0,15–0,95). O diagnóstico de HAS foi associado a uma maior chance de ocorrência do desfecho neonatal composto (prematuridade, baixo peso ao nascer ou pequeno para a idade gestacional) (OR 3,55; IC 95% 1,67–7,51) no modelo de regressão logística binomial multivariável. Conclusão: Uma grande proporção da população de gestantes do estudo (80,9%) alcançou a supressão viral no final da gestação, e não houve relato de transmissão materno-infantil do HIV. Houve associação estatisticamente significativa entre o diagnóstico de hipertensão arterial e diabetes mellitus, bem como entre o desfecho neonatal composto e a ocorrência de hipertensão arterial na gestação.
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antirretroviral combinada preconcepção,hiv
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