Biorremediação Fúngica e Estudo de Fitotoxicidade de Efluente Industrial Proveniente de Planta Produtora de Pesticidas

Efluentes industriais contendo classes de pesticidas sintéticos como os organoclorados mais estáveis e tóxicos para o meio ambiente e os piretróides que se destacam por agir rapidamente contra vários tipos de insetos sendo menos tóxicos para os mamíferos, podem acarretar em riscos ao meio ambiente e à saúde humana se seus lançamentos forem inadequados. O objetivo desse trabalho foi estudar a versatilidade dos microrganismos e as inúmeras vantagens relacionadas aos fungos filamentosos, em específico Cunninghamella echinulata ATCC 9244 aplicado como biocatalisador no estudo de biorremediação de efluentes industriais proveniente de planta produtora de pesticidas. Para tal foram realizados os ensaios de fitotoxicidade com sementes de pepino (Cucumis sativus) e a determinação da DQO pelo método de refluxo fechado para avaliação da eficiência no tratamento. As amostras de efluente tratado nos tempos de 24, 48, 72 e 96 horas foram atóxicas para as sementes de pepino, não apresentando diferenças estatísticas significativas para os parâmetros de germinação das sementes e desenvolvimento das raízes. Para a análise de DQO, foi avaliada a diminuição da carga poluidora do efluente em 91,7 % já nas primeiras 24 horas de exposição aos biofilmes fúngicos, atingindo 99,7 % em 96 horas. A biorremediação fúngica demonstrou ser um método eficaz na aceleração da degradação de pesticidas representado pela sua alta porcentagem em remoção de compostos tóxicos.