Efeito da prometazina em biofilmes de cocos gram-positivos in vivo e ex vivo, associados à endocardite infecciosa

Carliane Melo Alves Melgarejo, Stephany Arruda Santos, Clarissa Perdigão Mello Ferraz,Alyne Soares Freitas, Rodrigo Fonseca de Medeiros Guedes, Francisco Ivanilsom Firmiano Gomes, Débora Castelo Branco de Souza Collares Maia, Karene Ferreira Cavalcante, Thaís Magalhães de Freitas, Igor de Sá Carneiro

Brazilian Journal of Infectious Diseases(2023)

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Abstract
Introdução: A American Heart Association (AHA) estima que cerca de 100.000 a 200.000 novos casos de endocardite infecciosa são diagnosticados nos Estados Unidos da América (EUA) a cada ano, e dados recentes mostram um aumento na incidência nos EUA e no Reino Unido (Yang et al. 2015; Huber et al. 2020). A endocardite geralmente é causada por uma infecção, onde um endotélio cardiovascular apresenta uma estrutura inflamatória de plaquetas e fibrina comumente observada com crescimento de vegetações compostas por microorganismos, o que pode ser considerado um sinal patognomônico da doença (Cahill e Prendergast, 2016; Pecoraro e Doubell, 2020). Os principais agentes etiológicos são os cocos Gram-positivos, com destaque para os gêneros Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. (Htwe e KhadoriCitação 2012). Para tratar a infecção, vários regimes medicamentosos podem ser usados, a maioria dos quais inclui oxacilina ou vancomicina contra Staphylococcus spp. e ceftriaxona ou vancomicina contra Streptococcus spp., sendo a vancomicina o último recurso medicamentoso. Objetivo: Este estudo avaliou a atividade antimicrobiana da prometazina contra Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Streptococcus mutans e seu efeito na sensibilidade antimicrobiana de biofilmes cultivados in vitro e ex vivo em válvulas cardíacas suínas. Resultados: A prometazina foi avaliada sozinha e em combinação com vancomicina e oxacilina contra Staphylococcus spp. e vancomicina e ceftriaxona contra S. mutans na forma planctônica e biofilmes cultivados in vitro e ex vivo. A faixa de concentração inibitória mínima de prometazina foi de 24,4-95,31 μg/mL e a faixa de concentração mínima de erradicação de biofilme foi de 781,25-3,125 μg/mL. A prometazina interagiu sinergicamente com vancomicina, oxacilina e ceftriaxona contra biofilmes in vitro. A prometazina sozinha reduziu (p < 0,05) a contagem de UFC de biofilmes crescidos em válvulas cardíacas para Staphylococcus spp., mas não para S. mutans, e aumentou (p < 0,05) a atividade de vancomicina, oxacilina e ceftriaxona contra biofilmes de Gram- cocos positivos cultivados ex vivo. Conclusão: Esses achados trazem perspectivas para o reaproveitamento da prometazina como possível adjuvante no tratamento da endocardite infecciosa, necessitando de mais estudos para entender melhor os mecanismos de ação, as aplicações e a viabilidade dessas perspectivas.
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