Detecção de anticorpos anti-he em doadores e receptores de sangue

TF Vieira,RA Cardoso,MJ Vieira, E Fittipaldi, CK Kanashiro, DR Novac, FJ Luz, V Rocha,AM Junior,CL Dinardo

Hematology, Transfusion and Cell Therapy(2023)

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摘要
Introdução/objetivos: A membrana eritrocitária possui aproximadamente 354 antígenos agrupados em 44 sistemas de grupos sanguíneos. A prevalência dos antígenos pode apresentar diferenças significativas em populações distintas, principalmente para alguns antígenos de baixa incidência. No Brasil, temos como exemplo o antígeno Dia (DI1) e consequentemente, de acordo com a legislação vigente, é obrigatório que pelo menos uma das células que compõem o kit de triagem de anticorpos irregulares contenha o referido antígeno. Além do antígeno Dia, devido à miscigenação do país, outros antígenos podem apresentar prevalências bem superiores quando comparadas a outras populações, o que se torna um desafio na rotina pré transfusional. O objetivo deste trabalho consiste em relatos de casos de anticorpos anti-He detectados em soros de doadores e receptores de sangue devido à presença do antígeno He (MNS6) em uma das hemácias do kit comercial. Os casos relatados demonstram a circulação deste antígeno em nossa população e as dificuldades para identificação dos respectivos anticorpos, uma vez que os doadores que compõem os kits comerciais não são fenotipados para antígenos de baixa incidência. Material e métodos: A Pesquisa de Anticorpos Irregulares (PAI) foi realizada utilizando a metodologia de aglutinação em coluna automatizada (Gel teste, Erytra/Eflexis®, Grifols), reagentes de hemácias e cartões DG LISS/Coombs. Para a identificação de anticorpos irregulares, foram utilizados o Identisera Diana/Extend e Diana P/Extend P. Testes complementares utilizando reagente químico Ditiotreitol (DTT) 0,02M; enzimas: papaína e tripsina; soros e hemácias raras foram utilizadas para conclusão dos casos. Resultados: No período de 20/05/2023 à 16/06/2023 foram analisadas 8.730 amostras de doadores de sangue e 2.605 amostras de receptores oriundas dos postos de coleta e agências transfusionais da Fundação Pró-Sangue/Hemocentro de São Paulo. Observou-se PAI positiva em 7 amostras (grau de aglutinação de 1+ a 4+), somente em uma das células de triagem (Gel LISS/Coombs), no entanto, o painel de identificação de anticorpos não demonstrou presença de aloanticorpos. Diante dos resultados, estudos adicionais para pesquisa de anticorpos contra antígenos de baixa incidência foram realizados. Painéis de hemácias de diferentes procedências foram testados demonstrando reatividade apenas com uma hemácia rara contendo o antígeno He (MNS6). As hemácias reativas foram tratadas com reagente químico DTT 0,02M e enzimas proteolíticas (papaína e tripsina), e os resultados demonstraram que os anticorpos não reagiram quando testados com hemácias tratadas com a enzima papaína, mas, a reatividade se manteve pós-tratamento com DTT 0,02M e tripsina. Discussão e conclusão: De acordo com os resultados encontrados foi possível confirmar a presença de anticorpos anti-He nos soros de doadores (0,06%) e receptores de sangue (0,08%). Os casos descritos demonstram a circulação deste antígeno na população brasileira, ressaltando a necessidade de um olhar diferente para a presença de outros possíveis antígenos presentes na nossa população.
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