Binge drinking e a mistura de álcool com energéticos na adolescência precoce

Introdução: O álcool misturado com energéticos desempenha um papel importante no binge drinking entre os jovens. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre binge drinking e álcool misturado com energéticos. Percurso Metodológico: Trata-se de um estudo transversal realizado com 965 adolescentes de 10 a 13 anos matriculados em escolas públicas de Belo Horizonte, Brasil. Os adolescentes preencheram o Teste de Identificação de Transtornos por Uso de Álcool e perguntas sobre álcool misturado a energéticos, binge drinking pelos pais e melhor amigo. Resultados: Foi realizada análise descritiva e regressão logística multivariada. No modelo final ajustado, álcool misturado com energético (OR: 8,75; IC 95%: 5,07 -15,10; p <0,001), binge drinking pela mãe (OR: 2,25; IC 95%: 1,38-3,66; p= 0,001) e melhor amigo (OR: 2,99; IC 95%: 1,81-4,95; p<0,001), 12- 13 anos (OR: 1,97; IC 95%: 1,20-3,24; p= 0,007), família não nuclear (OR: 1,71; IC 95%: 1,06-2,76; p= 0,028) e escolaridade da mãe <8 anos (OR: 1,70; IC 95%: 1,07-2,72; p =0,025) foram associados ao binge drinking. Considerações Finais: O álcool misturado com energéticos foi um fator determinante para o binge drinking. Adolescentes com mãe e melhor amigo fazendo binge drinking e provenientes de famílias não nucleares e de baixa renda têm maiores chance de binge drinking.