Cryptococcus um patógeno ambiental: aspectos clínicos e sua associação com o desflorestamento no estado do Pará

Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento(2022)

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摘要
Doenças micóticas possuem distribuição mundial, mas as maiores incidências são verificadas em regiões tropicais e subtropicais, onde apresentam grande relevância. Nas últimas décadas, entre as 800 milhões de pessoas que sofreram algum tipo de doença fúngica, destacam-se ocorrências causadas pela levedura do complexo Cryptococcus gattii/ Cryptococcus neoformans, o que a torna uma afecção reemergente, com alta carga de mortalidade em pacientes imunocomprometidos, imunodeprimidos ou até mesmo nos que não possuem algum fator imunológico associado aparente. A manifestação da doença, de forma reemergente, em populações vulneráveis, teve aumento significativo nos últimos quatro anos no estado do Pará. No Brasil, a Criptococose não é uma doença de notificação compulsória, assim sendo, pergunta-se: em que nível pacientes portadores de doenças imunossupressoras ou imunodepressoras, expostos a variáveis ambientais, têm maior probabilidade de adoecimento por criptococose no estado do Pará? Esta pesquisa tem por objetivo descrever o perfil clínico e demonstrar a relação existente entre o desmatamento de áreas florestais e a ocorrência de casos de criptococose na região Paraense entre 2014 e 2018. Este estudo observacional, transversal e ecológico, correlacionou fatores clínicos dos pacientes através de pesquisa documental, realizada no Pará, no Hospital de referência para doenças infectocontagiosas, e de georreferenciamento, realizado no laboratório de Geoprocessamento da Amazônia (EPIGEO) / UEPa por meio dos programas SIG, ArcGIS 10.5.1, Censo 2010 e PRODES/INPE. As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do software Bioestat 5.0, com nível de significância de 5%. Desse modo, os dados observados apontaram: a predominância da exposição ao agente por meio de atividades agrícolas, aves e animais silvestres (28,7%); sintomas ligados a síndrome meníngea como principal sinal da doença fúngica (45,2%); a cefaleia como sintoma principal (81,7%); imunossupressão por HIV e associações (64,3%) como antecedentes mórbidos e taxa de óbito total de 40%. Além disso, a análise espacial demonstrou a presença acentuada de casos em áreas desmatadas no território paraense. A elevada letalidade desta infecção, atribuída a fatores imunes do hospedeiro, quando associada à exposição a fontes ambientais do agente fúngico, corrobora para o aumento da doença criptocócica, principalmente em populações com alto risco de vulnerabilidade social.
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cryptococcus,patógeno ambiental
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