Emergência e ressurgimento de doenças infecciosas: os desafios das fronteiras sanitárias

O processo de globalização, o aumento do trânsito internacional de pessoas e mercadorias e a mudança contínua da situação epidemiológica mundial, trouxeram como consequência, o aumento da porosidade das fronteiras dos países para a entrada de doenças infecciosas emergentes e reemergentes. Esse estudo realizou uma revisão da importância das fronteiras sanitárias e suas particularidades, no contexto das doenças infectocontagiosas. Recentemente, além da COVID-19, a varíola do macaco, identificada em diversos países de forma simultânea, estão no centro das atenções da OMS. Além disso, crises humanitárias complexas ocorrem em diversos países, com uma convergência de doenças, seca, fome e guerra, alimentadas pelas mudanças climáticas, desigualdade e rivalidade geopolítica, criam um cenário global de difícil controle. A integração dos sistemas de saúde de países fronteiriços, a consolidação de redes de saúde assistencial organizadas e a capacitação das redes diagnósticas, qualificadas em responder rapidamente a possíveis eventos de risco em saúde, são aspectos importantes para o fortalecimento da saúde global