Combate ao uso indiscriminado de antimicrobianos em produções avícolas no semiárido paraibano para torná-las mais sustentáveis e perfil de susceptibilidade antimicrobiana de enterobactérias

A crescente resistência bacteriana aos antibióticos acendeu um sinal vermelho levando os órgãos reguladores a serem mais rigorosos com relação ao uso de antibióticos na alimentação animal, atentando que resíduos destes medicamentos presentes nas carcaças podem ser transferidos para os humanos por meio da alimentação. O objetivo desta pesquisa foi avaliar as técnicas de manejo e os parâmetros produtivos das aves criadas em diferentes sistemas de produção na região do semiárido paraibano. Foram selecionados aleatoriamente 40 frangos sem alterações neurológicas, de ambos os sexos e com idade a partir de 25 dias, de criações tecnificadas no semiárido paraibano e realizadas coletas com swab estéril direto da cloaca dos animais. Feita a identificação das enterobactérias presentes nas fezes dos animais e realizada a qualificação da variedade de espécies desses microrganismos que compõem a microbiota fecal dos indivíduos estudados. Posteriormente, foi realizado antibiograma e teste fenotípico para ESBL (Beta-lactamase de espectro estendido). Os dados foram computados e tabulados para possível organização, leitura e interpretação dos dados, assim como realizada estatística descritiva, calculando-se as frequências absoluta e relativa. Na granja de poedeiras, foi utilizada ração com adição de premix, a qual não possui antibióticos em sua composição. Enquanto que na granja de frangos de corte, observou-se antibióticos na composição da ração e também em uso terapêutico no tratamento de determinadas enfermidades. Foram identificadas bactérias multirresistentes em ambos os sistemas de produção, sendo verificados 94% dos isolados na granja de galinhas poedeiras e 100% na granja de frango de corte, respectivamente.