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Evolução clínica de pacientes com leucemia mieloide crônica com mutação t315i

Hematology, Transfusion and Cell Therapy(2022)

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Abstract
Avaliar a evolução clínica dos pacientes com LMC com mutação T315I com as opções terapêuticas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). foram coletados dados clínicos e laboratoriais de pacientes com LMC resistentes a pelo menos um ITQ e que apresentassem a mutação T315I. A pesquisa de mutações foi realizada pela técnica de sequenciamento (Sanger). A sobrevida global (SG) foi calculada a partir da data da detecção da mutação até óbito ou último seguimento. Entre setembro de 2004 e junho de 2022 foram identificados 12 pacientes com a mutação T315I entre 37 casos de LMC (32,4%) onde foram pesquisadas mutações do ABL. Em dois casos outras mutações (M351T e E255K) precederam o aparecimento da T315I; 66,6% eram homens, a mediana de idade ao diagnóstico da mutação foi de 58,8 anos (33 – 64), 50% com transcrito BCR-ABL do tipo b3a2 e 20% do tipo b2a2; 50% estavam em fase crônica, 33,3% na fase acelerada e 16,6% em crise blástica. Tratamentos prévios: todos foram tratados com imatinibe e 10 pacientes foram tratados previamente com hidroxiuréia; 33,3% receberam tratamento com Interferon. Um paciente foi tratado com Interferon após a detecção da mutação. Todos os pacientes apresentaram resistência ao imatinibe, com perda de resposta hematológica e citogenética. A mediana de tempo entre o diagnóstico da doença e a detecção da mutação foi de 43,4 meses (8-151); a mediana da duração do tratamento com imatinibe até a detecção da mutação foi de 20,8 meses (2-149). Após a falha ao imatinibe, 50% receberam Dasatinibe, 33,3% Nilotinibe como segunda linha de tratamento e 8,33% usaram ambas as terapias. Medicamento em uso na detecção da mutação: imatinibe (50%), dasatinibe (30%), nilotinibe (20%) e Hidroxiureia (8,3%). Três pacientes (25%) foram submetidos a transplante alogênico de medula óssea, e um paciente aguarda a realização do procedimento. Houve um sucesso no tratamento; 66,6 % dos participantes tiveram progressão da doença, 83,3% foram a óbito por progressão de doença. A SG em 80 meses foi de 8,7%. Apesar da excelente sobrevida que a maioria dos pacientes com LMC apresenta com os ITQ, cerca de 30% apresentam falha ao tratamento. Um dos mecanismos mais frequentes de mutação são as mutações que ocorrem no domínio da tirosina quinase do ABL. A mutação T315I afeta o sitio de ligação do ATP e confere resistência a todos os ITQ aprovados, com exceção do ponatinibe. O asciminibe é um novo inibidor do sitio miristoil do ABL que também demonstrou eficácia contra essa mutação. Cerca de 41% de pacientes resistentes com mutação T315I obtiveram resposta molecular maior e 29% de pacientes com T315I tratados previamente com ponatinibe apresentaram resposta. No entanto, esses inibidores ainda não estão disponíveis no SUS, sendo a única alternativa para a mutação T315I o transplante de medula óssea, nem sempre viável dependendo da idade, comorbidades do paciente ou da disponibilidade do doador. Somente dois pacientes foram submetidos ao transplante e somente um obteve boa resposta. Em 50% dos casos houve progressão da doença e em 83,3% óbito, relacionado ou não à doença. A mutação T315I ainda é um desafio no tratamento da LMC no SUS, pela indisponibilidade de drogas mais eficazes, conferindo ao paciente um prognóstico desfavorável. O transplante de medula óssea permanece no momento como única alternativa de tratamento nessa situação.
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