Schinus terebinthifolius Raddi: uma revisão bibliográfica associada a um estudo in silico

O presente trabalho reuniu na literatura estudos acerca das atividades biológicas da Schinus terebinthifolius e avaliou possíveis características físico-químicas, farmacocinéticas e de toxicidade de moléculas isoladas desta espécie. Inicialmente, se realizou uma ampla revisão de literatura, por meio das bases de dados: Google Acadêmico, Portal de Periódicos Capes, SciELO e PubMed, com os descritores: “Schinus terebinthifolius Raddi”, “propriedades farmacológicas”, “compostos isolados”, incluindo estudos publicados em português e inglês entre os anos de 2001 a 2022. As moléculas selecionadas foram desenhadas no software MarvinSketch e submetidas aos programas PreADMET e Protox II. Em relação aos estudos biológicos, a literatura revelou que a S. terebinthifolius apresenta as atividades: anti-inflamatória, cicatrizante, antiulcerativa, antibacteriana, antifúngica, antioxidante, anti-histamínica, larvicida, inseticida e repelente. Os estudos químicos apontaram que a S. terebinthifolius possui uma quantidade expressiva de terpenos, especialmente monoterpenos e sesquiterpenos. Foram selecionadas as moléculas: limoneno, α-pineno, β-pineno, α-felandreno, δ-3-careno, germacreno D, mirceno e o-cimeno. A literatura referente a S. terebinthifolius demonstra como esta planta possui um extenso arcabouço de atividades. Foi observado que as moléculas apresentaram vantagens e desvantagens em parâmetros físico-químicos, farmacocinéticos e toxicológicos. De modo geral, todas as moléculas seguiram a regra de Lipinski, e todas se mostraram tóxicas para algas, Medaka e hERG, enquanto que a imunotoxicidade só foi positiva para o mirceno. Considerando o desempenho regular nos demais parâmetros, e o baixo potencial inibitório para as CYP’s, as moléculas mais promissoras são α-pineno e δ-3-careno. Entretanto, novos estudos de toxicidade são importantes.