Vitamina D não influencia o recrutamento folicular em ciclos de fertilização in vitro

Jornal Brasileiro de Ginecologia(2021)

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摘要
Introdução: A vitamina D é reconhecida pelo papel de manter o equilíbrio mineral-ósseo. Contudo, ela desempenha outras ações, como na fertilidade humana. Corrobora esse fato a presença de seus receptores no trato reprodutor feminino, principalmente no ovário e endométrio. Objetivo: Analisar arelação entre os níveis plasmáticos de vitamina D e os folículos obtidos após a indução da ovulação para fertilização in vitro (FIV). Materiais e métodos: Estudo retrospectivo de 160 pacientes submetidas à FIV na clínica Fertipraxis. Foram analisados idade, dados antropométricos, reserva ovariana, níveis de hormônio folículo-estimulante (FSH), progesterona e vitamina D, quantidade de gonadotrofina utilizada e folículos obtidos até o trigger de maturação folicular. O processo de estimulação ovariana foi feito utilizando combinações de FSH e hormônio luteinizante (Menopur, Ferring Suíça e Pergoveris, Merck, Alemanha). O bloqueio hipofisário deu-se por meio do acetato de cetrorrelix (Cetrotide, Merck, Alemanha), iniciado quando o maior folículo atingia 14 mm. A análise estatística foi efetuada pelo programa ANOVA. Resultados: Cento e sessenta pacientes foram divididas em grupos de acordo com os níveis séricos de vitamina D: grupo 1, composto de 85 pacientes com nível >30 ­ng/­mL, e grupo 2, de 75 com nível <30 ng/mL. Ambos apresentaram faixa etária e características antropométricas similares, assim como a média de dias de estímulo e dose de gonadotrofina. O grupo 2 apresentou hormônio antimulleriano discretamente elevado, porém estatisticamente insignificante. O resultado dos folículos foi compatível entre as pacientes. Entre os de 10 a 14 mm, o grupo 1 apresentou média de 4,47 e o grupo 2 de 4,36 (p=0,91); já os com mais de 15 mm tiveram média de 3 caso vitamina D suficiente e de 2,76 no grupo com insuficiência (p=0,12). Entre as causas para a infertilidade, a mais comum nos grupos foi a insuficiência ovariana. Apenas três pacientes do grupo 1 e uma do grupo 2 apresentavam síndrome do ovário policístico. Conclusão: A vitamina D vem sendo discutida como possível fator modificável relacionada à infertilidade. Existem receptores para ela no sistema reprodutor feminino, porém sua função ainda não está elucidada (Shapiro, 2018). Segundo Chu et al., pacientes com deficiência de vitamina D possuem menor sucesso na FIV e referem com maior frequência abortamento, sendo essa associação comprovada por Zhang et al. no caso de hipovitaminose D severa. Butts et al. relatam maior tendência à ovulação com a estimulação ovariana em pacientes com níveis séricos normais de acordo com a etiologia, apontando maior benefício nos casos de síndrome do ovário policístico. Todavia, dados sobre o assunto ainda são controversos, necessitando-se de novos estudos acerca do tema. Na análise apresentada, não foi vista diferença entre o resultado de folículos de pacientes com deficiência e suficiência de vitamina D. Entretanto, é possível que ela seja necessária para outras etapas da fertilização, como a implantação do embrião ao útero, sendo necessária maior avaliação do processo da FIV.
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fertilização,vitro
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