Análise da expressão de mtor em tecidos de fêmeas da espécie mesocricetus auratus infectados com o vírus zika

Introdução: Arbovírus são reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um grande problema de Saúde Pública devido à sua expansão territorial e necessidades de controle e prevenção, as quais são complexas. O vírus Zika (VZIK) está entre os arbovírus que apresentam maior circulação. Objetivo: Portanto, este estudo objetivou avaliar a expressão de mTOR em tecidos de fêmeas da espécie Mesocricetus auratus infectados com o vírus Zika. Metodologia: As amostras infectadas foram provenientes de um estudo prévio intitulado “infecção experimental do vírus Zika em Hamsters Dourados (Mesocricetus auratus), do grupo de infecções sexualmente transmissíveis, sendo aprovado previamente pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Animais (CEUA) do Instituto Evandro Chagas (IEC), sob registro nº 24/2016. Foram um total de 63 amostras divididas entre animais infectados e não infectados. Foi realizada a extração e quantificação da carga viral, seguida por RT-qPCR. Resultados: Os tecidos de animais analisados foram cérebro de fêmea (CF), útero (UT) e cérebro de neonato. Foi realizada a quantificação da carga viral nos tecidos analisados e uma alta carga viral foi verificada com dias pós infecção (DPI) nos grupos CF e UT. Após 7 DPI foi possível verificar queda na carga viral, sendo estatisticamente significativa para CF e não estatisticamente significativa para UT. No 23º DPI foi possível verificar ausência da carga viral no grupo CF. Após a análise da carga viral, foi realizada a análise da proteína mTOR 1 e mTOR 2. mTOR 1 apresentou uma expressão positiva, enquanto que mTOR 2 apresentou uma expressão negativa. Conclusão: Este estudo demonstrou que o VZIK pode alterar as expressões de mTOR 1 e mTOR 2 de células infectadas. Sendo esta relação intimamente ligada à proliferação de macrófagos e neutrófilos durante a infecção por VZIK, assim, afetando diretamente a defesa contra esse agente viral.