Uma década de sífilis congênita e correlações do padrão de titulação do vdrl em um hospital de estudo no nordeste do brasil

Brazilian Journal of Infectious Diseases(2022)

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Abstract
A sífilis congênita (SC) é uma doença prevenível que representa um grave problema de saúde pública. Após uma certa tendência de declínio na década de 1990, a sífilis ressurgiu como um problema de saúde pública em todo o mundo. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, quantitativo e analítico que foi realizado em uma Maternidade Filantrópica de Aracaju SE, no período de 2010 a 2020. Foram utilizados os seguintes dados maternos: idade, escolaridade, aborto, tratamento (mãe e parceiro) e VDRL. Além disso, foram coletadas as seguintes variáveis dos recém-nascidos (RN): peso ao nascer, sexo, tratamento, VDRL em sangue periférico, VDRL no liquor e radiografia dos ossos longos. O projeto foi aprovado pelo CEP com o CAAE: 12406919.1.0000.5371. Foram analisados 1303 prontuários de RN com SC, sendo 50,7% do sexo masculino e 88,3% tinham mais de 2.500 gramas ao nascer. As mães tinham entre 13 a 45 anos, média de 24,7 anos. Em relação a escolaridade, 51,5% das mães possuíam menos de 8 anos de estudo. Em relação ao VDRL dos recém-nascidos ao nascer 285 (22,7%) tinham VDRL não reagente. Entretanto, 254 (20,3%) tiveram VDRL maior ou igual a 1:8. Além disso, apenas 9 (0,7%) RN tiveram alterações no VDRL acima de 2 titulações em relação a genitora, sendo que 8 (88,9%) apresentaram alterações ósseas na radiografia dos ossos longos, 6 (66,7%) apresentaram VDRL no liquor reagente e em 8 (88,9%) casos as mães foram adequadamente tratadas. Entre as variáveis analisadas, peso do recém-nascidos, VDRL do RN ao nascer, VDRL do RN com 3 meses, VDRL do RN com 6 meses e a escolaridade apresentaram relação estatisticamente significativas com o tratamento materno. Em relação a razão de prevalência destas variáveis, verifica-se que o risco da mãe não ter feito o tratamento ou fez de forma inadequada em crianças que nasceram com até 2,5kg é 1,73 vezes maior que os recém-nascidos com mais de 2,5 kg. Verificou-se que o risco de não ter tratado ou que fez um tratamento inadequado com menos de 8 anos de estudo é 1,69 vezes maior do que aquelas com mais de 8 anos de estudo. Sendo assim, foi possível observar que a baixa escolaridade, multiparidade e história pregressa de aborto foram variáveis prevalentes entre as genitoras. Além disso, o baixo peso ao nascer do RN, maiores títulos de VDRL materno e alterações radiográficas neonatais foram relacionados com maior prevalência de SC.
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