Gestão de resíduos sólidos durante a pandemia do COVID-19 na região da Amazônia Ocidental, Brasil

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apontou que a pandemia COVID-19 infectou mais de 364 milhões de pessoas, com o quantitativo de mortes superior a 5,6 milhões de pessoas. Neste cenário, o Brasil foi um dos mais afetados mundialmente pela pandemia do COVID-19, o que proporcionou efeitos adversos no meio ambiente, na saúde pública e nos aspectos econômicos. Este estudo objetivou avaliar os potenciais impactos ambientais causados pela geração de resíduos sólidos urbanos durante a pandemia de COVID-19 na região Amazônica, tendo como estudo de caso o município de Humaitá, no estado do Amazonas. O estudo corresponde a uma análise qualitativa, onde inicialmente, foi realizado uma revisão bibliométrica referente a gestão de resíduos sólidos durante a pandemia COVID-19. A avaliação dos impactos no sistema de gestão de resíduos sólidos do município de Humaitá foi baseada em dados da caracterização quali-quantitativa, além da estimativa do número de máscaras faciais descartadas diariamente no município. Os resultados do estado da arte para a gestão de resíduos sólidos na pandemia COVID-19, demonstraram que as pesquisas sobre a gestão dos resíduos em período pandêmico da COVID-19 são incipientes na região Amazônica. Foi possível observar uma estimativa de aproximadamente 49 mil máscaras faciais descartadas diariamente no município de Humaitá, Amazonas, estes cenários convergem para o aumento de danos ambientais e de saúde pública. A partir deste estudo, foi possível inferir que a pandemia do COVID-19 pode apontar uma série de adversidades sobre o sistema de gestão de resíduos sólidos, com desdobramentos ambientais, econômicos, sanitários e sociais.